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Kaya Agari

Mato Grosso, Brasil

Kaya Agari, artista nascida em Cuiabá -MT, dedica sua pesquisa visual aos grafismos e ramificações materiais e imateriais da cultura do seu povo, os Kurâ-Bakairi. Ana Patricia Karuga Agari, a Kaya é estudante de Nutrição na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e ativista pelos direitos indígenas. Entre as principais fontes de inspiração de Agari estão os grafismos de seu povo. As pinturas corporais, chamadas Kywenu, são ensinadas pelos mais velhos: das mulheres às meninas e dos homens aos meninos. Há Kywenu exclusivos para mulheres, para homens e para crianças. De caráter geometrizante, esses desenhos de formas e traços, a partir de suas diferenças entre si, determinam papéis sociais distintos

Agari é co-organizadora do Instituto Yukamaniru de Apoio às Mulheres Indígenas Kurâ-Bakairi, criado em 2008 para incentivar o protagonismo e a inclusão social dessas mulheres. O instituto organiza e executa ações de fomento ao conhecimento da cultura, dos desenhos e das pinturas corporais das mulheres e dos jovens Kurâ-Bakairi. Agari, como promotora da salvaguarda desse conhecimento, organizou em 2015 a exposição Kurâ.-Bakairi: Yakuigady e Kywenu, no Museu de Arte de Mato Grosso, na qual apresentou telas produzidas pelas mulheres e pelas crianças da aldeia Bakairi, além de fotografias, de pinturas e de outros objetos produzidos por artistas desse povo. Kaya expôs na Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (FLIMT) em 2010 e em 2013, participou da exposição ¡Mira! Artes Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com itinerâncias pela Bolívia, Equador e Peru. Em 2017, integrou o grupo de pesquisa Visual Virtual, iniciativa Kurâ_Bakairi. Em 2020, participou da exposição coletiva Véxoa: Nós Sabemos, na Pinacoteca de São Paulo. Em 2021, um trabalho inédito de Agari está entre os selecionados para a reformulação do Museu de Arte de Rua, em São Paulo, com curadoria de Hélio Menezes.